segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Nomenclatura das plantas: nome popular e nome científico

O nome botânico ou nome científico de uma planta é um nome universal, igual em qualquer parte do mundo, ao contrário dos diferentes nomes populares pelos quais é conhecida uma planta em diferentes locais do mundo e até dentro do mesmo país. Assim, em Portugal consoante as regiões, o azevinho, por exemplo, é conhecido por diferentes nomes vulgares: azevim, azevinheiro, pica-folha e espinho-de-cristo.
Como resolver, então, este problema?
Escolheu-se uma língua que não sofresse modificações - o latim - por ser uma língua morta (não sendo utilizada não está sujeita a mudanças) e nomeou-se cada planta utilizando duas palavras, por exemplo, Ilex aquifolium (azevinho). A redação correta do nome botânico implica que seja escrito em itálico e que a primeira palavra comece por maiúscula e a segunda por letra minúscula. Este nome, sendo universal, identifica cada planta em qualquer lugar do mundo. 

Planta do mês: o azevinho

Já reparaste com certeza que à entrada da escola junto ao Totem se encontra uma planta identificada como azevinho (planta feminina). Hoje vamos falar-te um pouco dela. Ora presta atenção:
Nome: o seu nome latino é Ilex aquifolium e os seus nomes vulgares são azevim, azevinheiro, pica-folha e espinho-de-cristo.
Características: é um arbusto de médio porte. As suas folhas são verdes brilhantes, alongadas e espinhosas. Embora estas flores nasçam na Primavera, é entre o Outono e o Inverno que o azevinho dá os seus frutos – as características bagas vermelhas que são exclusivas das plantas femininas.
Utilidade: a sua madeira branca e acinzentada é de elevada qualidade e frequentemente utilizada em trabalhos de marcenaria.
Distribuição: nasce espontaneamente em quase toda a Europa, preferindo solos leves, húmidos e ricos em matéria orgânica.
Portugal: é comum encontrar o azevinho nas Serras do Larouco, Barroso, Padrela, Alvão, Marão, Montemuro e Lapa. Como se encontra na lista das plantas em vias de extinção, o arranque, o corte total ou parcial, o transporte e a venda do azevinho espontâneo é proibido por lei em Portugal desde 1989 (Decreto-Lei 423/89 e Decreto-Lei 254/2009 de 24 de Setembro que revogou aquele diploma).
Se quiseres saber um pouco mais sobre esta planta protegida clica aqui.

Distribuição do azevinho em Portugal


O nosso azevinho

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Compostagem

Sabes o que é a compostagem? E sabes para que serve? Trata-se de um antigo processo agrícola que entretanto caiu em desuso. Hoje, é uma forma, relativamente recente, de transformar ou reciclar resíduos em fertilizante.
            O Homem resolveu imitar a Natureza para transformar variados resíduos vegetais (relva, flores, folhas, cascas de ovos, cascas de frutas, restos de cozinha,…) em composto fertilizante natural, rico em elementos nutritivos. Para que tal seja possível tem de contar com a ajuda de micro-organismos, oxigénio, humidade e temperatura adequadas.
            Na nossa horta, optámos por usar uma compostagem simples, ou seja, colocando em pilha ou monte o material orgânico disposto em camadas de resíduos.
            Sabes quais são as vantagens da compostagem? Ora vê:   
  1. Recicla a matéria orgânica reintroduzindo-a no solo;
  2. Reduz a quantidade de resíduos enviados para incineração/aterro;
  3. Reduz a contaminação da água e solo e a poluição atmosférica;
  4. Envolve os cidadãos para ajudar a mudar estilos de vida.
           Para aprofundar os teus conhecimentos, espreita aqui.



Dieta mediterrânica

Existe uma estreita relação entre o consumo de gorduras e a ocorrência de doenças do coração, mas há uma exceção: os povos da bacia do Mediterrâneo. Estes, apesar de terem um elevado consumo de gordura, sofrem de relativamente poucos enfartes do miocárdio. Este facto deve-se ao azeite (gordura insaturada).
            Há grandes diferenças entre a dieta mediterrânica e outros padrões alimentares:
                   1º) Ingestão quotidiana de verduras, legumes e frutos (frescos e secos), o que dá um grande aporte de fibra;
                        2º) Utilização do azeite como principal gordura alimentar;
                    3º) Baixo consumo de carne vermelha e preferência dada ao peixe, sobretudo peixe gordo como sardinha, cavala, carapau, etc…, e às carnes brancas. O vinho, sobretudo tinto, é bebido às refeições com moderação, a água com abundância.
            A dieta mediterrânica surgiu há muitos séculos, resultado da geografia, do clima, da flora e da fauna típicas da região. Apesar de Portugal não ser banhado pelo Mediterrâneo, partilha muitos destes traços e a alimentação tradicional tem as mesmas características.
            A 4 de dezembro de 2013 a dieta mediterrânica foi classificada como Património Mundial e Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Para saberes mais clica aqui.


O trabalho na horta: as plantas daninhas

Há muito por fazer! As ervas daninhas estão a ganhar terreno rapidamente e a esconder as nossas culturas: as cenouras, as alfaces, a menta,…
E se custa andar curvado na monda! Será que não há outra maneira de conter o crescimento destas invasoras?

Bom, numa horta biológica, como é a nossa, podemos, por exemplo, cobrir a superfície do solo com uma camada generosa de folhas caídas das árvores. Assim, não haverá aporte de energia solar às plantas daninhas e elas acabarão por morrer. Por outro lado, a cobertura morta, através da sua decomposição, vai melhorar a fertilidade do solo. Ora vê aqui como esta agricultora controlou as plantas infestantes.



Apresentação

Olá! Esta é uma nova edição do nosso blogue. Os conteúdos são semelhantes ao habitual, mas decidimos dar-lhe um novo look. Espero que gostem!
A primavera está aí à porta e estamos prontos para lhe dar as boas vindas! E as plantas também. Estão a crescer e a florir: as favas, as ervilhas,… Ora vejam!